domingo, 6 de setembro de 2020

HOMENAGEM À EVA WILMA (70 Anos de TV)

 

































Iniciou sua carreia como bailarina clássica aos 14 anos. Passou a dar aulas de balé com uma amiga nessa idade e ganhou aulas de patinação no gelo e foi contratada pela empresa para participar do Holliday On Ice, um dos maiores festivais de patinação no gelo do mundo, mas foi proibida por seus pais.

Eva Wilma, sem data.

Sendo bailarina, logo passou a fazer parte do São Paulo Ballet, de Maria Oleneva. Em 1953 apresentou-se no Teatro Municipal de São Paulo, apesar de a primeira vez que se apresentou nesse teatro tinha 9 anos. Em 1953 sua apresentação foi juntamente com o corpo de balé do IV Centenário de São Paulo. No 3º mês de apresentação com o corpo de balé começou a aparecer chances para atuar como atriz. O produtor e diretor do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), José Renato, chamou-a para formar a primeira turma de teatro de arena, onde atuou com grandes astros e estrelas na época nos espetáculos, Judas em Sábado de Aleluia, Uma Mulher e Três Palhaços, depois, teve grande repercussão ao fazer trabalhos como Boeing-Boeing, O Santo Inquérito, A Megera Domada e Black-Out, peça produzida e dirigida por John Herbert. Fez Um Bonde Chamado Desejo, Pulzt, Esperando Godot, dirigiu Os Rapazes da Banda, depois participou de Quando o Coração FloresceQueridinha Mamãe, pela qual recebeu o Molière de Melhor Atriz e O Manifesto.

Em 1952, o diretor italiano Luciano Salce convidou-a para fazer um participação como figurante no filme Uma Pulga na Balança na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, simultaneamente, participou do documentário do IV Centenário de São Paulo Se a Cidade Cantasse do diretor Tito Banini. Protagonizou dois filmes ao lado de Procópio Ferreira: O Homem dos Papagaios e A Sogra, ambos do diretor Armando Couto, e o drama de José Carlos Burle, O Craque. Foi a estrela da cinebiografia do cantor Francisco AlvesChico Viola Não Morreu, de Roman Vanoly Barreto, em co-produção com a Atlântida e Sonefilme da Argentina. Volta a trabalhar com José Carlos Burle em uma comédia, O Cantor e o Milionário. Atuou no policial Cidade Ameaçada de Roberto Faria, na aventura A Ilha de Walter Hugo Khouri e no suspense O Quinto Poder de Alberto Pieralisi. Começa a trabalhar em coproduções estrangeiras,A Moça do Quarto 13 do americano Richard Cunha, simultaneamente, trabalha em filmes sob os olhos do alemão Horst Hachler como Noites Quentes em Copacabana e Convite ao Pecado. Premiada no Brasil e exterior, Eva Wilma, participa do filme São Paulo S/A do diretor Luiz Sérgio Person, onde interpreta Luciana, a jovem esposa ambiciosa de um alto funcionário da indústria paulista em busca de ascensão social. Depois, ela participa de comédias como A Arte de Viver Bem, episódio 1: A Inconveniência de Ser esposa, baseada na peça homônima de Silveira Sampaio, sob direção de Fernando de Barros, da co-produção Brasil-México,Juegos Peligrosos, episódio 2: Divertimento do diretor mexicano Luiz Algoriza e Cada Um Dá O Que Tem, episódio 2: Cartão de Crédito, sob direção de John Herbert. De Ricardo Bandeira faz uma pequena participação no filme religioso O Menino Arco-Íris (A Vida de Jesus Cristo). Representa a abnegada mãe de um jogador de futebol em Asa Branca, um sonho brasileiro do diretor Djalma Limongi Batista, e o Feliz Ano Velho de Roberto Gervitz.

Eva Wilma, Jardel Filho e John Herbert na peça teatral “Boeing-Boing”, 1963. Arquivo Nacional.

Na televisão Eva Wilma estreou em 1953, quando Cassiano Gabus Mendes convidou-a para atuar no seriado Namorados de São Paulo, ao lado de Mário Sérgio. Posteriormente, Gabus Mendes mudou o título da série para Alô, Doçura, e esta foi protagonizada por Eva Wilma e John Herbert durante dez anos. O seriado entrou para o Guiness Book como o mais longo do país e, Eva Wilma, recebeu o Troféu Imprensa 1964 como Destaque do ano. John Herbert e Eva Wilma formaram o principal casal da televisão brasileira dos anos 50 e 60; depois do sucesso em Alô Doçura eles trabalharam na Record, protagonizando duas novelas: Comédia Carioca e Prisioneiro de um Sonho, de Roberto Faria. O casal retornou à TV Tupi e fez trabalhos importantes como A de Amor e Confissões de Penélope; Eva Wilma comoveu os telespectadores como a meiga Ana Maria de Ana Maria Meu Amor, fez Fatalidade e a vilã Jane de Angústia de Amar, novela baseada no filme O Que Aconteceu a Baby Jane?. Recebeu reconhecimento internacional ao trabalhar em O Amor Tem Cara de Mulher, de Cassiano Gabus Mentes, e recebeu o Troféu Imprensa de atriz revelação em 1966. Também atuou em Nenhum Homem é Deus, de Lauro César Muniz.

Nos década de 1970 tornou-se ao lado de Carlos Zara um dos principais pares românticos da televisão brasileira; juntos trabalharam em novelas de grande sucesso, teleteatros e especiais. Zara foi o diretor de teledramaturgia da TV Tupi até 1977. Atuou em novelas importantes como Meu Pé de Laranja Lima, na qual interpretou uma mulher amarga, Jandira, e a sonhadora Gabriela em Nossa Filha Gabriela, ambas de Ivani Ribeiro. Em A Revolta dos Anjos, da psicóloga Carmem Silva, interpretou a prudente Silvia.

Tônia Carreiro, Eva Wilma, Odete Lara, Norma Bengell e Cacilda Becker em protesto contra a Ditadura Militar, 1968.

Em 1973, Eva Wilma interpretou as gêmeas Ruth e Raquel, de Mulheres de Areia, novela de Ivani Ribeiro e sucesso nacional e internacional. Trabalhou em duas novelas de sucesso da Ivani Ribeiro, A Barba Azul e A Viagem e, depois, participou de duas novelas de Sérgio JockymannO Julgamento e Roda de Fogo. Fez o remake de O Direito de Nascer e chegou a participar das gravações da novela Maria Nazaré, que por problemas internos da emissora paulista nunca chegou a ser levada ao ar.

Com o fim da TV Tupi em 1980, Eva Wilma foi contratada definitivamente pela Rede Globo, onde exerceu seu lado humorístico nas novelas Plumas e Paetês e Elas por Elas, fez a esquizofrênica Laura de Ciranda de Pedra, a autoritária Francisca Moura Imperial de Transas e Caretas; depois vieram a engraçada Angelina de De Quina pra Lua, a ex-militante política Maura, que sofreu os horrores da ditadura militar, em Roda de Fogo, o sucesso Sassaricando e muitas outras novelas marcantes, como Pedra sobre PedraPátria Minha e A Indomada, na qual interpretou a cômica e perversa vilã Maria Altiva Pedreira Mendonça de Albuquerque que repetia sempre o bordão “Oxente, my God!”. Atuou em História de Amor, em que o autor Manoel Carlos criou um personagem só para ela, e fez também grandes produções como O Rei do GadoEsperançaComeçar de Novo e Desejo Proibido. Também participou de séries de televisão como MulherO Quinto dos InfernosOs MaiasUm Só CoraçãoJKNorma e Na Forma da Lei.

Em 2011 volta às novelas para interpretar a cômica trambiquira Tia Íris em Fina Estampa.[4] Em 2014 fez uma participação em A Grande Família, no papel da Dra. Laura, a psicanalista da Dona Nenê.Já em 2015, interpreta a bon vivant e alcoólatra Fábia em Verdades Secretas. Atualmente está em cartaz com a peça “O que terá acontecido a Baby Jane?”, interpretando Baby Jane ao lado da outra grande dama do teatro Nicette Bruno.recentemente participou da segunda temporada da série Os Experiente.e vem se dedicando ao show Casos e Cancões,onde canta varias musicas que vai de Vinicius de Moraes,Inezita Barroso entre outros com seu filho John Herbert Junior e Willian Paiva.




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