terça-feira, 12 de novembro de 2019

NUNCA FUI SANTO

A navalha cortou os papéis em carne vivida;
E mostrou-se em sangue às letras do condenado...
A escrita da dor em uivos paralisado nos seus galhos;
Festejando a quimera do sofrer em piadas nuas...

Ah! Quão lastimável és tu vestido de palhaço;
Julgam-me por pérolas em asas voadoras...
Buscando em mim tua imagem em punhal enferrujado;
Para assovia em bando, pássaros voando alado...

Oh! Meu arlequim que em meio os faróis baila;
Na discreta dança das colombinas em cores frias;
Num findar de um carnaval em serpentina flor.

Sou o que dizem em ruas vazias pelas costas;
Porque a dor que sentem em prosa, são rimas...
Ourara aurora do que poderia estar por vir...


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