sexta-feira, 22 de novembro de 2019

QUARTO

Que tolo fui eu em pensar que os treze passos do amor seriam etapas;
Parte da minha essência num contexto idiossincrático da vida desbotada;
Na qual estou a viver languido, depauperado num quarto escuro, só!
Céus, meus gritos são surdos em ecos desnudos por entre linhas de lã!

Quero sair desse quarto negro com minha angustia acorrentada no caos;
Pelo infortuno desespero da mórbida dor que destrói muros de areia;
Num desfalecer em chãos que tornaram-me tapetes de rosas em ilusões;
Pelo simples de não desabrochar para o sol de meio-dia, um realidade.

Sinto-me amargo pela voz da consciência gritando alado;
Fustigado melancólica música do sonoro universo partido;
Pelas frestas das janelas abertas de carnavais em lágrimas, choro!

Sem comentários:

Enviar um comentário