terça-feira, 7 de janeiro de 2020

PERFUME DE VERÃO

I
Sou o vento revolto
Dos dias ensolarados
Dos mares do sul
Em balanço com vento
Brisa terna em calor
De noites enluaradas
Em lua platinando madrugadas
Pelo nosso amor em flor.

II
Quero sentir seu perfume de jasmim
No meu corpo nadando em águas
Pelo perfume do meu amado mar
A bailar pelas ondas do norte
Mergulhando meus pensamentos
De amores de vinho em cores
Bordados em arco-íris
Em algodão doce.

III
Quero meus lábios nos teus
Beijando-o como naufrágio
Em abraços molhados de suor
Sobre a luz do luar em nós
Nadando pelo porto seguro
Pelos caminhos de nossos corpos
Para em sombra sermos visto
Pela luz das estrela.

IV
Chegastes durante a noite dormida
Nos braços das estrelas em lua
Pelos raios luzentes da escuridão
Que em sombra torna-se amar
Pelo nossa imensa paixão
Nas estradas da vida em flor
Que nos perfumam com ardor
Pelo nosso eterno desejo d’amor...

V
Vejo-o pelos lagos em espelhos
Tua imagem assim florida
Em vastos campos
De cortinas que abre-se
Quando o tapete das folhas vivas
Cobrem-me d’amor em chão
em um  sol maior por ti
Em espelhos em mim.

VI
Por amor doei-me em versos
Rimei prosas em intrusos
Em auroras verdejantes
Pelas alvoradas de chuvas
Pela promessa do soletrar
Palavras que chama-o de amor
Na promessa do soneto
Que te escrevi em valsa.

VII
Teus beijos molham meu corpo
Que busca encontrar em mim
A paz de um afeto de terra língua
Que move-se como os girassóis
Que vislumbram paisagens d’amor
No serrado silvestre dos campos
Abençoados pelo frio de inverno
Com o som das andorinhas em flor
Bailando para nós em cor.
VIII
Sou o navegante errante dos mares
Que busca o sonho no horizonte
Cerrado, porém, próximo do semear
O amor da alvorada em lírios jardins
Em vestes desvirginado outonos
Para chegada do inverno sem fim
Aos pingos de orvalho na plumagem
Do meu amado que sorri para mim
Em versos de declamados poemas.
IX
Eu não sei onde errei
Sei do que sei pelo erro
Do qual eu não cometi
Em brisa mar em sol
Que fustiga minha vida
No solar ausente
Esperando-o em carruagens
Para levar-me para o céu
Onde vive os anjos.
X
A rua com suas árvores
Perfuma meu corpo
Que da terra nascido fui
Em amor florido guardei-me para ti
Pelo amor que existe e resiste
Aos tempos infindos
Num pensar em caminhos
Atravessando ruas lindas
Em avenidas de sonho e paixão.
XI


Reverencio o meu mestre
Com carinho e muito amor
Aprendendo que no amor
Não existe apenas flor.



XII

Em minha palidez
Cubro-me de orvalho
Para não sentir-me alado
Quando de leve oscila
Um gota de orvalho.



XIII



No oceano do meu ser
Tua imagem fria
Fluida em chuva
Alagando-me em vento
Uma tempestade silente.

XIV
Sentir-te em mim uma alvorada
Cobrindo-me pelo manto do amor
Pela madrugadas das paixão
Que estrelas veem em luz
O brilhar do desabrochar da flor
Que sempre nasce no pântano
Com doçura e afeto
Entre nossas pernas.

XV



Entrastes no mar das lembranças
Perdendo-se no oceano das recordações
E desaparecestes na névoa fria
A buscar um pensamento em solidão.



XVI



A lua falou-me hoje
Das estrelas que nasceriam
No meu corpo de jasmim
Perfumando as madrugadas sem fim.



XVII
Tenho-o dormindo na minh’alma
Seu guardados, pertences d’amor
Pelas ternas lembranças
Passadas em recordações
Que penso em ti
Nas horas que pesas em mim
No resplendoroso amor sem fim
Em celestes nuvens de jasmim.

XVIII
Quero-o dentro de mim
Nadando em caminhos
Que aquece-o e embebeda-o
De amor e prazer
Numa agonia louca
De sair com o vento
Adentrar como raio
Fazendo poesia enluarada.

XX
Quero cantar pelas madrugadas
Um canto de amor que traga-me
Teu sorriso escondidos nas flores
Pelos  jardins em lua crescente
Que às vezes minguantes risos
Nascente em sol de mares
Enluarados pelas noites encontros
Das nostálgicas cantorias
Que beijam-me em sombras.

XXI
Pingos d’amor
Pelo meu corpo
Que canta ao luar nu
Versos que encanta
O teu belo sonhar
Em mim a desenhar
Teu rosto em sonhos
Dos quais vivem
A passearem por mim.

XXII



Diga-me que nosso amor
Não irá morrer pelo esquecer
Porque todos dias vejo-o
Em versos que leio.


XXIII



Meu amor esquecido em flauta
Toca notas musicas para o amor
Em flores que não me esquecem
Nas noites de luares azuis.


XXIV



Tenho-o ao tê-lo em mim
Uma alvorada em flores
Que perfumam-nos em amor
Sem termos um fim.


XXV
Sorrio para tua foto
Desejando tê-lo em mim
Um vida nascente
Em ramos de oliveira
O eterno amor
Que banha-me
Em busca do teu
Amado ser em voou...
















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