domingo, 20 de outubro de 2019

CAMINHOS DESCALÇOS

CAMINHOS DESCALÇOS

Não precisas me falares do ontem;
Porque talvez não saibas o porquê...
De dizeres palavras em caminhos;
Que não se lembram de você.

Como as curvas d'águas dum rio...
Ando em silêncio pelas vertentes;
À descaçar o meu cansaço em espinhos;
Do descaço que fizestes comigo.

As folhagens que ventei as folhas...
Num sol de terra fadigando o calor;
Eu eternizo uma amanhã por vir...
Mostrando-me sempre quem sou.

Enterrando nas areia os porquês d'alma;
Com o olhar complacente em respostas;
Digo adeus ao acaso, e sigo sozinho...
Caminhando sempre na despedida.

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