sábado, 26 de outubro de 2019

O CANDO DOS BANTOS

O anoitecer desmaiou no ermo;
E o fulgor da aurora me formou;
Num esplendor em nuvens ...
Onde eu me senti o luzeiro a florir.

Foi-me do barro d'ouro que soprastes...
Ah! o sopro divinal que a palha me fez...
Num ser majestoso procurando os brajás;
Para em cada conta eu ser o perolar...

E as vassungas se manifesta em festa;
Minha cesta em campos silvestre;
Abençoado pelo Orun cá no Ayrè;
Contando as perolas do meu Ilê.

Sou o filho que desabrocha ao ver;
O sol em mim, uma luzir dourado...
E como cantante toco minha macumba...
Meu cando ao lados dos pássaros...



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