segunda-feira, 14 de outubro de 2019

UMA RUA PARA HELENA

Caminhando pela rua 
Sozinho em deserto
Nunca havia percebido
Quantas casas tão bonitas
Pintadas de cores límpidas
Que brilham aos olhos 
Parecendo rubis 
Encadeadas pelos sóis
E enluaradas pela lua
Como se fosse
Um novelo de lã
Que tecendo estrelas
Faz-se dia, dia após dia...
As calçadas paralisadas pelo tempo
Recordam os velhos tempos
Entre os belos jardins de flores
No florescer em perfumes
E as árvores tão frondosas
Que mais parecem um chuveirinho
Quando caem dos galhos
Frutos de diversos pomares.
Ah! Que rua tão acolhedora
Não passa quasse carro
Não há crianças barulhentas
Nem moças namoradeira
Nem rapazes forasteiros
Querendo namorar
Pela idade do encantar
E pelas frestas das janelas
Como não vejo boas fofoqueiras
Não há! Não Têm! Nunca vi!
Caçada varridas
Pelas folhas secas
Que voam co o vento
Fazendo da vassoura
Um rodopio de alegria
E as folhas aos ventos
Formam nomes de gentes
Que nunca saíram da rua
Que não morar ninguém.

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