Hoje a manhã está sombria.
O pintassilgo canta triste, enjaulado.
O tic-tac do relógio vai tic-tazeando em compasso.
O pintassilgo canta triste, enjaulado.
O tic-tac do relógio vai tic-tazeando em compasso.
Nove, dez, onze, doze horas.
Hoje não tem almoço - Maria morreu.
Lágrimas, tristeza e perda alimentam a fome.
Hoje não tem almoço - Maria morreu.
Lágrimas, tristeza e perda alimentam a fome.
O tic-tac em compasso vai nos enrugando
É duro saber que nada somos,
E vivemos tão selvagens.
É duro saber que nada somos,
E vivemos tão selvagens.
Hoje não tem almoço.
Maria morreu.
A tristeza alimenta a fome,
Mas não desperta para o fim da selvageria.
Maria morreu.
A tristeza alimenta a fome,
Mas não desperta para o fim da selvageria.
O tic-tac do relógio vai
tic-tazeando em compasso.
Rotulando a vida,
Sorrindo de nossa mesquinharia
E cadenciando nossa desgraça.
tic-tazeando em compasso.
Rotulando a vida,
Sorrindo de nossa mesquinharia
E cadenciando nossa desgraça.
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