Era uma vez...
Uma mulher de Calaça
Que entrou para uma família
E essa muito metida
Não sabia distinguir
O certo do errado...
Casou por sacrifício
E foi embora da Campina
Morar na periferia
De uma cidade do norte
Buscando trabalho...
Essa mulher melomaníaca
Só pensava em dinheiro
E voltou depois de anos
Para campina rejeitar
Essa tal mulher de Calaça
Que por Deus é doida
Chegou cuspindo fumaça
E arrotando sobejo
Do bojo das terras de lá...
Desafiou seu sogro
Homem impoluto
Diga-se de passagem
Que nunca deixou-se levar
Pela mulher de Calaça
Que parece mais tabaco
Com dois filhos aloprados
Um solteiro e outro casado
Do casado já não posso falar...
Essa louca de tão doida
Quer roubar a família
Por não ter onde morar
Enfrenta pau e pedra
Só não pode com o morador
das bandas de cá...
Acostumada a trambique
Arrumou a advogada de lambique
Que fuma feito jaguar
Que dó que me deu
Ao saber da rainha louca
Que de nome só tem do sogro
Porque sua família não deu...
De espólio em espólio
Criou uma mentira
Que o povo não percebeu
Que essa tal maluca
Quer que vendam um casa
Deixando todo mundo doido
E o garotão muito esperto
Malicioso já viu
Que o advogado aloprado
Com a pemba atrapalhada
Em lugar não hão de chegar...
Agora quero ver o final do causo
Que já virou piada
Na boca de quem gosta
De falar de mau
Por falta de instrução
De formação
O roteiro segue
Com o garotão
Dizendo: "Vai te catar Francisca..."
Nas cenas dos próximos capítulos
Quero ver se reza é boa
se vela para biscoito doido
Serve para rezar
Almas penadas das bandas de lá...
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