quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A RELIGIOSA FINGIDA

Quando eu mais precisei jogaram-me lama e não sujei-me
Fiquem manchado pela dor e nunca reclamei
Hoje sou vida que não podes alcançar-me
Porque tu te denuncias dia e hora marcada
Nas vielas em poeira, becos encharcado de lixo
Onde cães não lambe os teus passos e nem contaminam-se com restos
Por seres tu o grito angustiado das neves em socorro
Abafada pela tênue tortura de porta fechada
És vítima da solidão
És ladra da tua consciência
Que nem Santo Antônio suporta
Na capela da senhora
Da igreja matriz
Mulher de sombras
Perdida!
Sérgio Gaiafi

Sérgio Gaiafi

Sérgio Gaiafi



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