terça-feira, 22 de janeiro de 2019

O ANDARILHO SÉRGIO

Sou o rio que corta fronteiras em mar aberto;
Silêncio que voa em partes iguais;
Jardins que perfumam bosques;
Sou metade da cara na anti-cara do rapaz;
Sou febre mutilada que queima-te;
E levito sobre ondas para atracar no cais;
sou navio vazio;
Porto seguro;
Entrem na minha vida onde me acharam só;
Apenas dou-me o direito do "Te" por querer ver;
Despido na cama boiando n'água;
Nas aquarelas em pincéis, céus!
Como é-me bom ser liberto;
Mesmo permanecendo na clausura;
Sou meu eu adormecido em braça;
Carvão desenha-me no chão, paredes nuas, portas, janelas tuas...
Vasculhantes de lua;
Reflexos do Céu em lua;
crescente, minguante ou até meia lua;
Eu sou.
Sergio
Sérgio Gaiafi


Sem comentários:

Enviar um comentário