Sentia o frescor da serra gaúcha e tomava chimarrão;
Sentado no tamboretinho tosco;
Numa casinha amarela, pertinho do céu, céus!
Ah, eu estava tão maravilhado que ao fechar os olhos não sentia o chão de terra!
O crepúsculo chegava lentamente e o frio agasalhava-me como solidão;
Algo que eu não sentia por encontrar-me só com meu chimarrão na mão;
Arrodeado por araucárias minha vida era terna.
Fechei as portas e janelas, agasalhei-me com o quente do fogão de lenha;
Pensei o quão feliz estava ao ler minha vida em refrão;
Escutava uma valsa nesta hora e conduzi-me bailando ao sono do anoitecer.
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Sérgio Gaiafi |
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