segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

ARTIGO: LA BAMBOUSERAIE

 Eugène Mazel, importador de temperos asiáticos, idealizou, no sul da França, o que se tornaria o maior viveiro de bambu do mundo, com quase 200 variedades dessa gramínea versátil de crescimento rápido. Até 1855, Mazel não pôde realizar seu desejo por causa de um grande obstáculo: o bambu não crescia na Europa.
As tentativas de importá-lo da Ásia fracassaram. Embora o bambu seja muito resistente no seu habitat (certas espécies podem suportar temperaturas de até -24 °C e crescem a uma altitude de até 5.000 metros), era impossível manter as raízes vivas durante a longa jornada através dos continentes. Porém, com a invenção de navios mais rápidos, foi possível, em 1827, importar espécimes de bambu para a Inglaterra e, mais tarde, para a França. O sonho de Mazel estava um pouco mais perto de se realizar.
O próximo desafio de Mazel foi encontrar um lugar apropriado para o seu viveiro. Em 1855, ele comprou uma propriedade de quase 34 hectares perto de Anduze, no sul da França, um lugar com clima mediterrâneo e solo apropriado. Foi preciso muito trabalho para canalizar a água de um rio próximo, mas os esforços diligentes de Mazel tiveram êxito.
Infelizmente, em 1890, Mazel estava falido e teve de vender seu precioso jardim. Porém, outros continuaram seu trabalho e, segundo se calcula, 350.000 pessoas por ano visitam La Bambouseraie — o sonho de Mazel que se tornou realidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário