domingo, 25 de agosto de 2019

O LIVRO SEM PÁGINAS


   O outono havia chegado e o frio úmido circundava a casa. A noite estava bucólica na penumbra das luzes que iluminavam o orvalha que cai na rua com seus postes em luz. A casa fechada, escura, algum transeunte que despercebidamente passasse de olhar soslaio naquele momento, perceberia no vácuo tênue, um luz imperceptível por entre arvores que saia do meu quarto., pelas frestas da ventana. Mas seria impossível tal olhar... Só uma pessoa sem moradia poderia vagar pela noite intranquila pela violência da urbana cidade.

  Eu estava observando para as duas gatas que dormiam, de certa maneira eu também estava acostumado com a rotina, sorri e sentei-me diante da máquina, pensei: " o que ei de por entrelinhas?" Eu não sabia de certo o que desejava escrever ou queria por alguns segundos, minutos sem chegar em horas...O motor da geladeira fazia o barulho, me sentia incomodado, sentia um leve dor de cabeça, passageira para vir na mente o desejo de expurgar algo que trouxesse inspiração, algo de concreto que me desse a certeza  de escrever com inspiração.
   O ronco barulho do motor da geladeira me azucrinava, sorri!
   "Já passam da duas da madrugada." - Pensei em silêncio.

   

Sem comentários:

Enviar um comentário