terça-feira, 13 de agosto de 2019

ARTIGO: REFLETINDO THOMAS MERTON



Thomas Merton disse:  “Através da minha Janela...”

 Eu tento de certa maneira  olhar diante da janela  da minh’alma o tudo que encontra-se em minha volta de uma maneira lógica, na qual, eu não sei ao certo o que realmente representa em alguns momentos incertos ou lógicos. Porém,  quando um ser humano ler o livro ‘ As Montanhas dos Sete Patamares’ do maravilhoso Thomas Merton,  começa a tentar refletir sobre o acaso de acreditar em algo, que não se cita claramente a fonte,  nem o porquê dessa existência, mas , a única forma de se confirmar ou de buscar uma confirmação é olhar através da janela da vida e sentir  ou ver  se  ela corrobora  num espírito de vivência em experiências das quais perpassamos linearmente.
Ele, o monge, diz:”..Quando tu desconfiares que algo tem profundidade e que têm algum valor, algo lido em algum livro, de preferência um clássico, torna-se interessante caminhar com isso pela vida."
No meu entender,  o autor me transmite que devo olhar de maneira singela e corroborar com o belo na sabedoria em claustro para redescobrir os pedaços  que jaz no infortúnio. Pois é através desse conhecimento de si próprio entre páginas que tudo começa a ser meu, nunca hão de apagar!
Memória na loucura insana, sana e profana sã, é base do alicerces porque o conhecimento se torna unicamente meu e, óbvio que os outros individualmente os possuem, pela magia da vivência numa ignorância a trabalhar-se no decorrer da vida.
As minha coisas não são sólidas. Eu tento construir uma solidificação em degraus e não consigo  e tento por que existe uma solidificação no tempo e as minhas ideias não são minhas por inteiro.  É  nas montanhas que buscamos sempre uma alento, um puser do sol, um lunar para adormecermos e justamente o silêncio é o ponto central dessa montanha que não enxergamos, e sim,  buscamos compreender na plenitude do ser vivo em memória.  Eu não preciso abrir uma janela para fundamentar um conhecimento, eu sou o próprio conhecimento em mim mesmo, seja no tocante interior para um tocável exterior.
Não telho um olhar dogmático, nem ponho em mente o que não é prático em domínio dogmático, pois, tudo é inserto  até o por vir do equilíbrio que não consigo.Então crenças prévias e dogmatismos não são-me o real sentido do eu existir num contexto de vivência, sendo assim, minha busca perdida em Thomas Merton é silenciar e não ouvir.
Eu nunca desejo induzir  uma experiência d’alma em Cristo para não confundir o meu imaginário enquanto real.  Não quero negar previamente para não sofrer e assim posso em uma montanha crer na vida em um vazio preenchido. Reitero que o vazio é contemplativo  na vontade e não é uma verdade, nem uma verdade, e sim,  um busca para induzir minha visão.
Com Thomas Merton não posso fazer pós-conceitos, preconceitos, apenas, mergulhar no seio de minha experiência e agradecer ao Cristo em um búdico ser.



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