quarta-feira, 14 de agosto de 2019

ARTIGO: O CONVIDADO


Eu estava a pensar numa frase da saudoso e magistral filosofa  Simone de Beauvoir: “ Quando mais a pessoa desce no poço, sempre tem um lugar mais baixo à descer...”
A frase da irreverente  mulher que abalou as estruturas da sociedade hipócrita, mostra o quando  ela pode perceber a razão num contexto humano do ser racional em toda  estrutura paradoxal da essência humana.  Em um de seus livros ela propõe  uma percepção mais lógica num contexto objetivo, ora pois! O que não falamos ao tornamo-nos como seres humanas de origem familiar a cometermos pequenos infortúnio.  Porém esse infortúnio eu expresso não é relacionado com o livro,  não é uma fadiga em  retórica, e sim,  uma dialética no que somos e podemos nos tornar no por vir a ser, animais bem qualificativos! Porque o livro fala bem dessa tenacidade fugaz.
Ah! O livro ‘A Convidada” é uma obra que mostra-nos  os conflitos existentes no cotidiano que na realidade não mudaram com um tempo. Óbvio que faz-se necessário ler outras obras da mesma autora para seguir os passos de uma vida salutar num conflito até a velhice, sem passado e sem futuro, só o momento, presente.
E neste entrelace  da obra, o interessante, está na poesia dos personagens que lutam  silentes numa guerra interior que nem as amarras pode mudar o sentido do grito. Olha, que quando o ser na extensão plural da imagem do real na loucura, grita! Os surdos que escutam, tremem de medo por um silêncio contido n’alma, que mais parece melenas  de homens frouxos e mulheres desprovidas com um toque de ânsia e pavor.
O livro não retrata muito meu fustigado ser neste momento atual, afinal, os personagens são convidados a interpretar seus papeis na reta final de um tudo a começar de um nada.
Eu na minha imagem  identifico-me com as falenas que ao sentir-me Xaviéer, eu posso ser o que der ir vier, porém, só tenho medo de descer demais...acho que é até bom nem tem passado e nem futuro. Mas o achar é uma subjetividade tão constante que nem importo-me mais.

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