segunda-feira, 5 de agosto de 2019

O CANTAR DA MORTE

Eu tenho por ti o esquecimento;
Por não teres tu envaidecido meu ego com amor;
Pois deixastes em mim o unguento da dor;
Como se eu não fosse o amante do amor.

As ondas correntes do meu mar;
Traz-me um contar em flor;
Na lira do meu ser sofredor...
Folhas varridas no chão de areia movediça;
Enterrado em mim a solidão;
No sepulcral tormento;
Na lira do gracioso escultor.

Dormita em mim palavras, ventania!
O véu não veste-me, é lapide, adeus...
Não mais vejo o sol;
A lua me esqueceu;
És andança que pintas;
No epilogado fostes minha sina;
Que foi morrer por ti.

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