Curvas vão trasando meu destinho;
Em linhas cruzadas do destino;
Que tesse como colcha de retalho;
Minha vida em lã colorida;
Num frescor do vento;
Que move-se e move-me;
As curvas são ingrimes;
Não sinto-me fatigado;
Pela caminhada enluarada;
Nem pela estrada ensolarada;
Porque o perfume das flores;
Seja dia, seja noite...
Estão me circundando;
Nas horas a fio;
Tentando mostrar-me;
A vertente, um lugar, caminho!
Chove uma chuva;
Pingos de amor;
Depois, sinto um arrepio;
Meu corpo fica torpor;
Continuo a caminhada;
Não tenho um guarda-chuva;
Sorrio! Canto!
E sigo pelo destinos...
Ah! Sinto frio...
Estou encharcado pela chuva;
Porém, estou a chegar no abrigo;
Fecho os olhos;
Respiro suavemente;
Então; ouço vozes ao longe...
Bem próximo estou.
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