terça-feira, 6 de agosto de 2019

O ASTRO QUE DORMITA

Eu meus delírios eu sou o esquecimento;
Vivido por horas, adormecido!
Um leveza mista de ferida aberta;
Onde o iodo não cicatriza;
Por sangrar na minh'alma;
O despertar da sentinela em dor;
E fustigado, choro calado!
Cultivando minha própria agonia;
Oh! Quão tristonho sinto-me;
Perdendo-me nas paredes pintadas;
Num febre melancólica;
Misto de amor e ódio;
Pelas chagas de Cristo em mim;
Pela contemplação búdica;
Que pratico, sinto!
Eu ei de sarar minha ferida;
Eu sarei minha angústia;
Plantarei em mim sementes de flores;
Rosas! Orquídeas! Bromélias!
Serei um jardim em flor;
Borboletas voarão sobre mim;
Serei vento sorrento;
No mar sem sem fim...

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